Situação nos países
Alemanha, jornais como o Bild, Die Welt e Der Spiegel destacaram a luta pelo poder na Rússia e reforçaram a percepção de fraqueza de Putin. Na França, o Le Monde expôs a Rússia de Putin, enquanto o Le Parisien foi sucinto ao se referir à situação como “confusão”.
Na Itália, o La República chamou atenção para a tentativa de golpe, enquanto o La Stampa foi ainda mais longe ao falar em “Revolução Russa”. Jornais como o Corriere della Sera, Il Fato Quotidiano e Il Mattino também enfatizaram o desafio enfrentado por Putin, com títulos que variavam de “desafio a Putin” a “o dia do caos”.
Em Portugal, o Diário de Notícias destacou o dia em que o Grupo Wagner abalou Putin, enquanto na Espanha, o El País ressaltou a fraqueza de Putin exposta pela rebelião. O jornal espanhol La Vanguardia explorou a imagem do boxe adotada por jornais britânicos e enfatizou que a rebelião deixou Putin contra as cordas.
Em Israel, o Haaretz ressaltou que, graças ao grupo Wagner, a guerra de Putin na Ucrânia chegou à Rússia. O Jerusalem Post limitou-se a informar que os rebeldes russos recuaram a 200 km de Moscou.
O New York Times abordou o significado do motim para o futuro de Putin e a possibilidade de vantagem para a Ucrânia na guerra. Enfatizando também o risco de um presidente sob ameaça possuir um arsenal nuclear. O Washington Post considerou o episódio como a mais grave ameaça à presidência de Putin até então, criticando sua capacidade de julgamento. O Wall Street Journal destacou que a guerra da Ucrânia “saiu pela culatra” para Putin.
Na China, o motim na Rússia foi o assunto principal nas plataformas Baidu e Weibo, com uma divisão entre usuários que apoiam ou ridicularizam a Rússia.
Situação Atual
Especialistas em Rússia expressaram opiniões desfavoráveis a Putin. O ex-embaixador dos EUA na Rússia, Michael McFaul, afirmou que o motim enfraquece Putin e levanta dúvidas sobre sua capacidade de governar de forma eficaz. Alexander Gabuev, diretor do Carnegie Russia Eurasia Center, previu que o líder russo ficará enfraquecido pela forte ameaça à sua autoridade. Samuel Charap, cientista político sênior da Rand Corp, afirmou que a autoridade de Putin está irreparavelmente danificada.
O que esperar?
Em resumo, a cobertura global sobre o motim de mercenários na Rússia e suas implicações para Putin refletiu percepções de fraqueza, sendo assim o desafio à autoridade e questionamentos sobre sua capacidade de governar efetivamente é grande.